Quem somos?


A resposta eh simples, somos gente que eh gente, e que a cada dia quer ser mais gente boa de Deus, que vive junto tanto na alegria quanto na tristeza, que serve em amor, que esta disposta à abraçar as diferenças com os olhos fixos naquilo que realmente importa, ou pelo menos estamos tentando (risos); esses somos nós.

sábado, 11 de setembro de 2010

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos

Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.

Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I – “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.

II – “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu…”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão).

III – “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.

IV – “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo…
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar…
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem…

V – “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.

VI – “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornoar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.

VII – A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
…Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege…
… Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
… Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
… Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho…
…Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado…

VIII – DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
…mas eu paguei o preço.
…mas eu fiz por onde merece-la.
…mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha… Se você quiser, pague o preço como eu paguei.

IX – NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.

X – A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’


retirado do blog da Presb

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Faça guerra by John Pipper

O lado violento do cristianismo, faça guerra, espero que aceite o convite.



Abraços,
Ricardo
www.espiritualidadeemissao.blogspot.com

Reencontro do acampa

Galera,

Esse sabado dia 04 de Setembro, vai rolar o reencontro do acampamento de jovens, vai ser as 19:30hs na Igreja do Nazareno Alto Cidade Universitária, e vai ter um pessoal saindo de frente da Shammah as 18:45hs, então se estiver precisando de uma carona é so aparecer!!!

Abraços,
Ricardo
www.espiritualidadeemissao.blogspot.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Acampamento de jovens 2010

Galera,

E ae, como estão todos? Bem, como a maioria sabe, estamos quase na data do nosso acampa, e esse ano estamos indo junto com a galera da JNI do Guara, o nosso conhecido Loteao, rs.

Segue as informações:

Data: 13, 14 e 15 de Agosto
Local: chacara Bem Querer (www.chacarabemquerer.com)
Valor: 75,00 reais
Tema: Deus tem o melhor para você
Preletor: Pr Carlos Adriano, o nosso Carlão

Todos os interessados devem procurar alguem da liderança da JNI da Shammah, ou enviar um email para mim (ricardonazareno@gmail.com), ok? E vamo nessa!!!


Abraços,
Ricardo
www.espiritualidadeemissao.blogspot.com

terça-feira, 27 de julho de 2010

O medo lança fora todo o amor

Era um daqueles dias que eu considero perfeito. Domingo, levantei por volta das 10:00. O céu sem nenhuma nuvem e o vento frio do inverno soprava manso, mantendo o clima ideal. Almocei a tradicional macarronada com frango assado e batata, que só minha mãe sabe fazer. Logo em seguida, resolvi tirar um cochilo de pelo menos uma hora. Assim que levantei, percebi a casa toda em silêncio. Procurei em todos os cômodos e não achei ninguém. O mais estranho é que estava tudo aberto. Senti um frio na barriga e alguns pensamentos estranhos passaram pela minha cabeça. Desci as escadas para ver se meus pais estavam conversando com a vizinha, mas nada. Subi correndo, esperei um pouco sentado no sofá. Era quase hora de ensaio do louvor e ninguém tinha aparecido ainda. O desespero bateu forte. Comecei a orar. No meio das palavras meio sem nexo, deixei escapar um “Ai meu Deus, eu fiquei!”. Dentro da minha cabeça adolescente, na época por volta de 15 ou 16 anos, Jesus Cristo tinha voltado, arrebatado meus pais e meus amigos e eu tinha ficado. Cinco minutos depois, meus pais chegam com sacolas da padaria. Fiquei extremamente sem graça quando os vi.

Hoje conto para meus amigos essas histórias e todos caem na risada. Mas essa era minha mentalidade na época. Eu era totalmente bombardeado com esse tipo de doutrina (?). “Se você fizer (ou não) isso ou aquilo, você vai pro inferno”. Minha, se assim posso chamar, relação com Cristo, era totalmente baseada em medo. Medo de ir para o inferno. Medo de perder a salvação. Medo de que eu fosse castigado. Medo de ser exposto. Medo. Medo. Medo. Medo.

Com o passar dos anos, algumas experiências bem dolorosas me fizeram enxergar algumas coisas que carrego comigo até hoje. As decisões e atitudes que eu precisava tomar, os posicionamentos que deveria ter, o moldar do meu caráter e tudo o mais, deveriam ser baseado no meu amor por Cristo e não pelo medo de qualquer coisaque fosse. E quando isso foi realmente incutido no meu ser, o fardo se tornou muito mais leve. Eu tinha um norte. Uma referência sólida para onde e como eu deveria caminhar. As lutas vieram e ainda vem com muita força. A tentação bate a porta a cada suspiro e não foram poucas as vezes que eu caí. Não foram poucas as vezes em que fui parar no fundo do poço. Mas o fato de estar alicerçado no Amor, me levou, e ainda me leva, a profunda e verdadeira busca por arrependimento. A sensação é a seguinte “Hey! Que droga. Magoei a pessoa que mais se importa comigo. A pessoa que, por tanto me amar, morreu em meu lugar”. Esse sentimento, por mais clichê que pareça, me dá forças para se levantar, compartilhar minhas dificuldades com meus irmãos de caminhada e seguir em frente. Arrependimento. Essa é a palavra chave para uma vida cristã que busca crescimento e maturidade. Cristianismo que não leve a cruz de Cristo não é digno de ser seguido. E cruz que não leve ao arrependimento, pode ser a de qualquer um, menos a de Jesus. Mas ok! Você deve estar se perguntando o porque de toda essa ladainha. Teóricamente, esse deveria ser um texto sobre sexualidade e até agora não citei nada que referenciasse isso. Mas o ponto que quero focar é o seguinte. Dentro de um contexto, dito, cristão, porque é que você busca viver uma sexualidade saudável? Pressupondo que você realmente queira isso. É fato que sexo ainda é um grande tabu nas igrejas cristãs. Mas hoje temos uma abertura gigante, livros e videos muito bons disponíveis a quem quiser ver, ler e se aprofundar sobre o assunto. Temos grandes conselheiros, sexólogos e psicólogos cristãos que tem embasamento para falar sobre o assunto. Mas ainda sim, o que te motiva na busca pelo posiconamento de Deus sobre sexo? Porque Deus fala muito sobre sexualidade na bíblia. Você acha que Ele deixaria de lado um assunto de extrema importância e que nos torna cooperadores da criação de Deus, na potencialidade de podermos gerar outra vida através do relacionamento sexual?

Sobre a motivação, vou te dar duas alternativas. A primeira resposta poderia ser – “Eu não quero ir para o inferno!”. A segunda – “Eu amo aquele que me criou e quero viver tudo aquilo que Ele planejou para mim”. Aparentemente, as duas opções estariam corretas. Mas o que estou tratando aqui é de foco e prioridade. Todos os dias, literalmente, leio mensagens de pessoas afundadas em vícios sexuais. E o clamor da maioria delas tem a ver com “não ir para inferno”. Não se engane. Em hipotese alguma estou anulando a atuação do diabo e nem excluindo a existência do inferno. Mas, por experiência própria, quando temos esse tipo de conceito por base, na maioria das vezes, confundimos arrependimento com remorso. E quando não temos um verdadeiro coração arrependido, caímos em um círculo vicioso que parece invencível. Por outro lado, você pode até estar vivendo, aparentemente, uma vida sexual sáudavel. Mas quando o barco balançar – e ele vai balançar – qual será a sua postura? Então, antes de mais nada, gostaria de propor uma reflexão. Que você possa se perguntar que sentimentos tem governado sua vida e onde eles tem te levado. A escolha parece simples, mas não é. Deus deixa claro que quer nos dar vida e vida em abundância. Ele não nos criou para simplesmente sobreviver. Mas sim, viver plenamente sem falta nada. E quando eu digo sem falta nada, incluo também tristeza, choro, dor, desapontamento, quedas, e por ai vai. Então é bom a gente decidir sobre quais bases vamos construir a nossa vida. E, para ninguém dizer que não citei nada da bíblia até agora, deixo as doces, e ao mesmo tempo, duras palavras do apóstolo João.

“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (I João 4:8)

“No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.” (I João 4:18)

Que nossa vida seja uma caminhada em Santidade através do Amor e não uma corrida desordenada baseada em medo.


Em amor,
Rod Silva

sábado, 18 de abril de 2009

Noticias Marcianas

Oi oi oi, a paz de Deus seja sobre vc.

Tudo bem? Faz tempo que a gente não manda nehuma notícias, né?

Primeiramente gostaria de agradecer a todos que estão caminhando conosco, suas orações são MUITO importantes.

E agora ao invés de ficar escrevendo e tomando o seu tempo, fizemos esse vídeo sobre o que Deus colocou em nossas mãos:


Escutei que 1 imagem vale mais que 1000 palavras. Dê uma olhada e ficaríamos muito feliz em saber qual é a sua opinião sobre isso. Talvez pergunta, sugestão, alguma oportunidade de trabalharmos juntos-nos conectar...

O que vem pela frente?

- Na semana que vem começarei a ensinar percussão para um grupo de jovens por 6 semanas.
- As provas finais do 2o. ano de medicina da Amber começarão em 1 semana.
- No dia 27 de Abril, Marcio (eu) estarei fazendo uma cirurgia (na verdade os médico vão fazer isso..re re) para tirar um nódulozinho na virília, que os médicos nào sabem ao certo oque é.
- Pais brasileiros chegam na semana que vem. Maravilhas.
- Dia 2 de Junho estaremos indo para China mais uma vez para trabalhar num orfanato para mais de 130 crianças com necessidades de tratamento médico e também tentaremos começar um time de basquete no vilarejo em que moraremos. (Custo só das passagens: R$ 3280,00)
- Logo, necessito enviar um novo projeto para renovar meu comprometimento com a Jocum, pois agora sou o único missionário da Jocum da minha cidade.

Por favor, esteja orando por nós:

- Coloque os ministérios em suas orações e que Deus nos use ao compartilhar do Seu amor e caráter.
- Cirurgia, para tudo correr bem.
- Estudos da Amber e paz nesses dias de tanto stress.
- Viajem para China, proteção e sabedoria pois a perseguição é grande. Para o Márcio aprender chinês, pois está estudando bastante pois quer atingir o povo diretamente.

Se você deseja ofertar para o nosso ministério, por favor utilize os dados bancários abaixo. Mesmo que seja R$1,00 ou menos, nós seríamos muito gratos por isso. Somos mais interessados na atitude do que a quantia.


Grande abraço com saudades. Que Deus te abençoe e fale contigo nesses dias.
Márcio e Amber Batista

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Los anos 60...















Galera, sabado agora vai acontecer nossa noite dos anos 60 e estão todos intimados a comparecer.


Abraços,
Equipe JNI

segunda-feira, 23 de março de 2009

Viciado em pornografia

As últimas brasas da fogueira já estavam quase apagadas. As etiquetas nas garrafas estavam danificadas, depois de dias expostas ao sol. Os que haviam acampado perto de minha barraca já estavam longe há algum tempo. Meu amigo e eu pegamos as coisas que estavam para trás. Ficou apenas um CD de hip-hop. Tínhamos algumas malas e garrafas vazias. Além de uma revista.

Sua capa estava molhada e irreconhecível. Eu a abri com um pedaço de pau. Havia orvalho naquele dia e as páginas da revista também estavam molhadas. Naquele momento eu vi uma mulher. Ela estava com seus seios descobertos.

Desde meus sete anos tenho fugido. Quero dizer, meninas eram “problemáticas”. Elas eram indesejáveis. Tinham alguma coisa que desejávamos, mas não sabíamos dizer o que, já que nunca as alcançávamos. Eu ainda me lembro daquela cena. Eu estava ao mesmo tempo empolgado e receoso. Eu não conseguia entender a razão, mas sabia que ninguém deveria me ver olhando aquela revista.

De uma coisa eu sabia: eu queria mais.

Alguns anos depois eu tive minha chance. Dessa vez eu não fugi. Eu tinha treze anos e estava na casa do meu amigo Tyler (nome fictício). Ele era meu único amigo com acesso à internet. Quase todos os dias nós jogávamos no computador por horas.

Certo dia, eu cliquei em um ícone que pensei ser um jogo; tudo mudou em nossa vida. Não era um jogo, mas um vídeo. Nossa primeira reação foi cair na gargalhada com as lentas imagens daquelas mulheres. Era uma gargalhada do tipo “desligue isso; é tão ridículo”. Contudo, nós não desligamos. Assistimos ao vídeo e, então, eu fui para casa.

Tyler continuou procurando por vídeos daquela natureza e me mostrou o que havia encontrado. Dessa vez, eu não fugi. Não queria continuar olhando, mas eu continuei. Estava hipnotizado.

Com o tempo, ficar olhando, juntos, aquela nudez na internet causava-nos estranheza e desconforto. Por isso, Tyler e eu preferimos nos dedicar ao pornô solo. Tyler continuou a fazer download de tudo o que podia. Dos vídeos mais leves aos mais pesados. Eu, àquela altura, estava dividido entre o prazer de ver aquelas cenas e a culpa que carregava dentro de mim pelo que estava a fazer. Em alguns dias eu estava forte, e resistia. Em outros, eu parecia um viciado em pornô, desesperado para achar uma imagem. Apesar disso, eu nunca comprei ou fiz download de um filme pornô. Era um garoto nascido na igreja, em uma cidade pequena. Todos me reconheceriam se descobrissem quem estava comprando aqueles vídeos. Além disso, eu não tinha computador em casa. Ao invés de comprar pornô, eu comecei a roubá-los.

Eu vasculhava as casas de meus amigos para ver se os pais deles tinham alguma revista Playboy. Quando não achava, as roubava de lojas de conveniência. Não muitas; apenas três ou quatro em alguns anos. De qualquer jeito, eu fiz.

Página por página eu ficava imaginando se aquilo poderia ser real para mim. Sei que é constrangedor dizer isso, mas aquelas mulheres pareciam me fazer sentir amado. Meus olhos desejavam aqueles corpos e faziam sentir-me um homem. Por um momento, eu me senti amado, desejado.

Eu me sentia perto de alguém, e não me incomodava o fato de aquele alguém não ser real. Para mim era muito real.

Entretanto, aqueles momentos de plenitude passavam. Sempre. O prazer fracassava. Em pouco tempo eu era tomado por um sentimento de remorso e culpa. Sentia-me a milhões de quilômetros da bondade e a bilhões de anos luz de Deus. Eu sempre pensava naquela primeira foto de mulher pelada que eu vi, na minha infância. Achava que Deus estava com um bastão em sua mão, me punindo à distância e me mostrando que não tínhamos nada em comum.

Sabia que aquilo não era verdade. Eu era um cristão. Sabia que Deus me via perfeito e amável, assim como via seu próprio Filho. Conhecia todas aquelas coisas. Amor. Graça. Perdão.

Contudo, eu não experimentava tais coisas em minha vida. Pior! Eu crescia cada vez mais frustrado comigo mesmo. Eu havia prometido para mim mesmo que eu não me incomodaria mais com aquilo, só para repetir meus erros.

Tyler não estava nada melhor. Ele começou a achar impossível crer em um Deus que o impediria de assistir seus vídeos pornôs. Sem Deus em sua mente, ele se convenceu de que pornô era apenas diversão. De que forma uma diversão pode machucar alguém? Tendo decidido que pornografia não é ruim, ele decidiu que aquilo seria algo útil para sua vida. Ele fez uma assinatura da revista Playboy e começou a comprar todos os seus vídeos.

Perceber o que estava acontecendo com o Tyler foi uma forma de me despertar. Eu sabia que estava fadado ao mesmo destino. Por isso, pedi ajuda. Certo dia, estava conversando com um amigo que é um bom cristão. Sem vergonha, disse tudo o que estava acontecendo a ele. Disse que se pudesse assistir a um filme pornô de graça, sem ser acusado por minha consciência, eu o faria. Pedi ajuda a ele e nós oramos juntos.

Para minha surpresa, meu amigo me disse que tinha o mesmo problema. Na verdade, a maioria dos meus amigos tinha. Pedimos a uma pessoa mais velha de nossa igreja para se encontrar conosco uma vez por semana e nos ajudar. Aquele homem não tinha nenhuma sabedoria mágica ou força sobrenatural para nos ajudar contra a pornografia. Contudo, ele nos ouviu, aconselhou e orou conosco. Ele se tornou um cuidadoso mentor para todos nós. A primeira coisa que ele nos mostrou foi que não estávamos sozinhos naquilo, não éramos os únicos a enfrentar aquele problema e tampouco éramos loucos.

Quando me encontrei com meu grupo, vi que minha vida precisava mudar. Muitas daquelas mudanças ainda se aplicam em minha realidade hoje. Primeira lição: Corra! “Voe”, dizia nosso mentor. “Alcoólatras devem atravessar a rua para fugir de uma garrafa de bebida”. Em meu caso, isso significa que não posso entrar sozinho em uma banca de jornal, ou usar sozinho um computador sem filtros de internet.

Preciso limitar as oportunidades que dou para a tentação. Tenho que criar um espaço que me distancie da pornografia. Não posso ter catálogos em minha casa. Não posso me dar o direito de assistir TV sozinho. Mesmo com filtros na internet, não uso o computador se não tiver outra pessoa em casa. Essas restrições me aborrecem algumas vezes. Todavia, elas me ajudam demais.

A segunda coisa que aprendi foi a perguntar: Como posso aprofundar meu desejo por Deus e esquecer-me dessas coisas que me fazem pecar? Alguém me disse, certa vez, que há dois cachorros no quintal do meu coração. Um cachorro cava egoísmo, pecado e prazer. O outro cachorro cava justiça, misericórdia, paz e obediência a Deus. Quando acordo todas as manhãs, escolho qual cachorro pretendo alimentar. O que eu alimento cresce até o outro não poder mais ser visto.

Preciso alimentar o cachorro correto. Faço isso quando cultivo relacionamentos honestos com cristãos. Tenho um amigo com quem converso de forma particular diariamente. Falamos abertamente sobre sexo, pecado e tudo o que nos leva a pecar. Juntos, nós buscamos formas de evitar o pecado. Nós oramos, choramos, nos ensinamos, nos deixamos aprender.

Eu também alimento o cachorro correto ao estudar a Bíblia em grupo. Não apenas a leio. Escrevo o que aprendi e o que desejo fazer com aquilo. Passo um tempo em silêncio, esperando para ver o que Deus falará comigo. Eu oro, adoro, sirvo outras pessoas.

Na maior parte das vezes, o cachorro bom prevalece. Aquele terrível monstro está tão sufocado agora que nem o vejo com tanta frequência. Contudo, de vez em quando ele aparece. Começa a latir e logo me vejo na direção errada. Ele late muito alto, quando não tomo cuidado em resistir às tentações. Então eu fujo. O deixo esquecido, ignorado.

Além disso, eu oro: “Deus, me ajude a fazer hoje o que é certo. Ajude o Tyler também. Livra-nos da pornografia e leve-nos próximos da perfeição. Faça-nos amar mais ao Senhor do que a nós mesmos e nos cerque com pessoas que nos façam lembrar que tu nos amas mesmo quando erramos. Cerque-nos com amigos e nos dê uma igreja que nos ajude a viver em santidade. Mate o cão mau e alimente o bom. Amém!”


Cantor e compositor, o último álbum de Shaun Groves, “White Flag” (Rocketown), foi baseado em como cada ensinamento de Cristo no Sermão do Monte (Mt 5) ajudou Shaun em sua vida.

Se você tem algum problema com pornografia, Shaun lhe encoraja a buscar ajuda com seu pastor, com um líder de estudo bíblico, ou com outro cristão maduro. Você também encontrará informação útil nos sites xxxchurch.com e freeinchrist.truepath.com.


Copyright © 2008 por Christianity Today International
(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Um novo tipo de cristão antigo

Eu deveria saber que estava pedindo para ter problemas quando dei a meu quarto livro o título de A New Kind of Christian (Um novo tipo de cristão). Os críticos ironizaram: “Não precisamos de um novo tipo de cristão; precisamos do antigo tipo de cristão”.

Um crítico em particular reforçou este ponto louvando a virtuosa falta de originalidade de C. S. Lewis e Soren Kierkegaard – contrastando estes grandes mestres com “reformadores pós-modernos” como eu, os quais, segundo ele sugere, buscam a novidade e a inovação como um fim em si mesmos. Em uma coisa, no entanto, estamos de acordo: ninguém parece estar muito feliz com o cristão contemporâneo. Mas vale perguntar: encontraremos uma melhor alternativa se olharmos para trás ou para frente? E se olharmos em ambas as direções?

Eu simpatizo com o menosprezo do meu crítico amigo em relação às mais recentes novidades. A última incrível inovação sempre promete mais do que dá conta de cumprir e o preço de expectativas repetidamente frustradas não é barato, levando ao cinismo, à apatia, e à desilusão. O fenômeno do “esgotamento”, pelo qual os lugares de avivamento de ontem se tornam lugares de persistente dureza espiritual de hoje, demonstra que os ganhos de curta duração decorrentes do abalo produzido pelo novo, acabam dando lugar a profundas perdas de longa duração. Nossa nação inteira talvez ainda chegue algum dia a este estado de melancolia e esgotamento.

Outro crítico amigo recentemente citou a frase do “antigo tipo de cristão” para mim. Sentindo-me bastante espirituoso, retruquei: “Que tipo de antigo cristão você recomenda? O judeu convertido do ano 33 A.D.? O grego do século 4? O alemão do século 16? Ou o holandês do século 17?”. Sua fascinante resposta foi que os Celtas, São Francisco e William Wilberforce exemplificavam o tipo de cristãos que esperava ver hoje em dia. “Eu nunca vi ninguém juntar estes três nomes numa mesma sentença antes”, respondi, “mas eu até que gosto da imagem de um Wilberforce franciscano e celta. Ocorre-me que um cristão antigo resultante desta combinação seria, na realidade, algo bastante novo, bastante inovador”. Mas esta afirmação não foi muito bem recebida...

Len Sweet usa a imagem de um balanço para descrever o tipo de movimento que precisamos. Como toda criança sabe muito bem – ainda que não seja capaz de explicar em palavras – o prazer de brincar no balanço advém de uma combinação paradoxal de movimentos: inclina-se o corpo para frente enquanto as pernas são jogadas para trás – joga-se as pernas para frente enquanto inclina-se o corpo para trás. Uma combinação semelhante será exigida de nós se quisermos avançar em direção ao futuro. Daí que meus críticos tenham razão de reclamar de “um novo tipo de cristão novo” embora não tenham tanta razão ao defender o ideal de “um antigo tipo de cristão antigo”. Pois não basta ser “novo/novo” nem “antigo/antigo”. Pois é a combinação novo-antigo que nos vai ajudar a voar. Jesus exemplificou isto assim como o fizeram os Celtas, São Francisco, Wilberforce e também Kierkegaard e C. S. Lewis.

Num mundo em mudança, é impossível não mudar. Resistir ou temer as mudanças pode transformar você em alguém resistente ou temeroso. Afinal, também é possível mudar para pior. Nossa escolha então não consiste em mudar ou não mudar, mas em mudar de maneira sábia ou tola. Penso que não deveríamos ser tão duros uns com os outros. Aqueles entre nós que se sentem chamados à inovação e à originalidade não deveriam usar uma linguagem tão dura em relação aos nossos irmãos mais cautelosos. Tampouco deveriam estes nos julgar por aquilo que fazemos ou somos.

Considere isto: uma árvore tem um tronco e muitas raízes que mudam lentamente. Elas geralmente são rígidas como devem ser. Contudo, por causa do vento que sempre sopra, os galhos necessitam de alguma flexibilidade, e as folhas precisam ser maleáveis e flexíveis. Os galhos mantêm as folhas presas e, como a linha de uma pipa, não permite que elas se soltem. Sem o tronco e as raízes, as folhas morrerão. O reverso é igualmente verdadeiro, se bem que menos óbvio.

Outra imagem: as colônias inglesas originais dos EUA no Atlântico durante o tempo da expansão norte-americana para o Oeste. Os pioneiros sentiram-se chamados para as montanhas e pradarias, e para lá eles foram a pé, a cavalo, e em carroças para abrirem caminho onde nenhum caminho havia ainda sido aberto. Eles eram uma minoria. A maior parte das pessoas ficou nos territórios civilizados com vínculos mais estreitos com a parte mais antiga do país. Se todos tivessem deixado as colônias pelos novos territórios de uma só vez, o resultado teria sido desastroso. Por outro lado, se ninguém tivesse se aventurado, que triste não teria sido!

Nós vivemos na fronteira de uma cultura emergente onde não existem ainda caminhos abertos e conhecidos. Por isto nem todos deveriam dirigir-se para as montanhas. Mas alguns deveriam. Eles serão criticados; algumas vezes criticarão aqueles tidos como demasiadamente tímidos para participar da aventura. Ao invés disto, porém, eu quero ter a esperança de que os inovadores respeitarão seus primos nas colônias e vice-versa. Pois ambos tem uma tarefa a cumprir. Nós precisamos de raízes e folhas, colonos e pioneiros. Para voarmos, precisamos nos inclinar para trás e tomar impulso para frente, balançando entre o novo e antigo com alegria e, quem sabe até, sorrindo como uma criança.


Brian McLaren

quinta-feira, 12 de março de 2009

Noite do Samba

Graça e Paz,

E ae galera, como estão todos vocês??? Então está mais que confirmadíssimo nossa noite do samba, que na verdade não terá só samba, mas também pagode também. E ai, nos entramos convidando, intimando, chamando, conclamando a presença de todos vocês (e quem mais vocês conseguirem trazer, rs) para esse sabado a noite as 19:30hs, afinal nosso noite do samba é para quem gosta e para quem não gosta, rsrsr.

Ah, o grupo que estará tocando se chama Rezenha do Samba, é um pessoal lá da Central (São benção, rs). E para quem quiser conhecer um poco mais desse gruipo veja o video deles no youtube clicando aqui, rs.

E o conivte também se estende para quem estiver disposto a ajudar na divulgação que faremos no centro de Barão no finalzinho da tarde, para isso estaremos nos encontrando na igreja apartir das 16hs, contamos com vocês tanto para isso como principalmente para o culto a noite, quero dizer, para a Noite do Samba, rs.


Até sabado,
Equipe JNI Shammah